A morte precoce de Chico Science não foi acidental. Na época ficou
comprovado através de perícia que houve falha no cinto de segurança. Consta nos
autos que "O cinto do carro quebrou no eixo do lingote e Chico foi
arremessado".
A Fiat na época pagou indenização milionária à família do cantor e
criador do movimento Mangue Beat.
A Juíza Ângela Mello concluiu que a morte do artista "foi injusta e
decorrente de ato culposo da ré (Fiat), agindo com imperícia ao produzir e
comercializar um equipamento que não correspondeu à segurança esperada, pelo
que devem os requerentes ser indenizados, monetariamente, pelos prejuízos que
lhes foram causados".
Claro que estamos diante de produto programado para não funcionar ou para
ter sua vida reduzida.
Segundo O Jornal do Comércio de Pernambuco a montadora Fiat assim
respondeu quando informada sobre a decisão: “Por telefone, o assessor de
imprensa Márcio Gomes informou o posicionamento da assessoria jurídica da
montadora. "A empresa não tem ciência do teor da decisão, pois não foi
comunicada nem intimada. A decisão também não foi publicada", repassou.
Tecnicamente, a Fiat garante que não houve problemas no produto, como está
comprovado em laudo pericial".
Obviamente, que a empresa não vai derrubar um laudo pericial onde
nitidamente se comprova a falha no equipamento. Felizmente, a Justiça foi feita
e a lei cumprida.
A pergunta que fica é: quantas pessoas terão que morrer para que as
empresas produzam produtos de qualidade para o consumidor?
Ps: Crédito da foto: Veja.